Wednesday, May 25, 2005

Finding Neverland


Depois de Monster’s Ball, Marc Forster regressa com um filme completamente distinto, onde no entanto as relações humanas continuam a desempenhar um papel fulcral. Se em Monster’s Ball éramos confrontados com um mundo cruel e sujo, no qual as personagens se iam destruindo, em Finding Neverland Marc Forster apresenta-nos um mundo onde o sonho e o imaginário são as fontes de vida.

Esta obra pretende ser o relato da história de amizade entre J.M. Barrie e a família que serviu de inspiração à sua melhor obra de sempre . Se há uma lição que podemos tirar deste filme, assim como da obra de Barrie, é que nunca devemos ter pressa de crescer. Finding Neverland é simplesmente uma celebração da vida e do espírito de criança que reside em todos nós, mesmo que muitas vezes quase imperceptível

Finding Neverland é uma obra-prima e ponto final. Desde os fantásticos diálogos, às belas viagens à Terra do Nunca, Marc Forster consegiu cativar a minha atenção durante toda a obra.. Cada momento é mágico, cada palavra é dita de forma natural e realista, cada nota musical bem composta... no geral, todas as qualidades que um filme necessita para se tornar numa obra-prima, encontram-se em Finding Neverland.

Quanto aos actores, Johnny Depp está ao seu melhor nível, como já nos tem habituado. O seu desempenho no papel do escritor escocês é brilhante, até no que toca ao sotaque. Freddie Highmore é surpreendente no papel de Peter Llewelyn Davis.
A sua interpretação, especialmente a interpretação corporal, é certamente uma das mais desconcertantes do ano; é impossível ficar indiferente ao olhar triste com que nos olha através do ecrã . Kate Winslet, no papel de Sylvia Llewelyn Davies demonstra também, mais uma vez que é uma das actrizes mais talentosas da actualidade, possuidora de uma versatilidade invejável

8/10

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