Monday, October 04, 2004

Esta vem no Megafone

O presidente do clube amador Isola Capo Rizzuto, da Calábria, Pasqualino Arena, conseguiu que o árbitro do encontro entre a sua equipa e a do Strongoli fizesse observar, domingo, um minuto de silêncio pela morte do seu primo Carmine Arena, chefe da máfia local (que não a vermelha de Matosinhos, bem entendido...), denominada por Ndrangheta, morto na véspera à bazucada.
E o árbitro, apanhado de surpresa, não fosse outro mafioso qualquer tecê-las, acedeu, claro, ao pedido. Quem não faria o mesmo no lugar dele? A federação italiana de futebol é que já deu conta da sua estupefacção, pois não autorizou coisa nenhuma, aliás, ninguém lhe pediu coisa nenhuma.
O procurador da República em Cretone, Franco Tricoli, destemido, já condenou o que considerou "demonstração de falta de civismo". Talvez, mas as ligações perigosas dão nisto e não ia ser um desgraçado de um árbitro a afrontar um "boss" mafioso, sabendo que ao fazê-lo o mais certo era ir parar ao fundo de um poço. Por acaso qual terá sido o resultado do jogo?

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